SUP até a Ilha do Campeche, nascer do sol e óculos para Iemanjá
- 28 de janeiro de 2025
Acordei às 04:00, prancha já amarrada no carro e rumo ao sul da ilha. O plano era simples: ir até a Ilha do Campeche e voltar. Esse rolê nunca é “só um passeio”, sempre tem dose dupla de aventura e emoção.

Chegando na praia encontrei a galera do Floripa Stand Up Paddle e caímos na água. Literalmente. A arrebentação estava absurdamente nervosa, a entrada foi no modo lava-jato e com direito a alguns tombos. Uns goles de água para acordar bem e seguimos. Passada a zona de impacto, o mar ficou um espelho. O dia ainda não tinha nascido e, depois de uns minutos remando, o sol começou a aparecer. Foi um nascer de sol de tirar o fôlego, fez a gente parar de remar só para guardar a cena.

Na ilha temos sempre o tradicional comitê de recepção com os quatis, moradores e guardiões oficiais da Ilha do Campeche. Com eles por perto piscar é perder comida, óculos, celular, tudo vira potencial souvenir. Fizemos uma pausa rápida e fomos até a ponta da ilha. Lugar mágico, daqueles que a foto nunca traduz.
Na volta o mar resolveu me lembrar quem manda. Já perto da chegada na praia, depois de atravessar bem um monte de ondas, tive uma surpresa daquelas que eu nem vi de onde veio, só deu tempo de escutar alguém gritar meu nome e falar “cuidar a onda”, tomei um caldo bonito a uns 30 metros da areia. Eu estava de óculos e bom… eles decidiram virar oferenda. Iemanjá ganhou um presente novo. O presente gerou um novo desafio: dirigir por cerca de uma hora, do sul ao norte da ilha sem óculos. Deu tudo certo, mas fica a lição. Próxima travessia será com lente de contato.
No relógio: 6,06 km em 1:46:57 de movimento. Mar turbulento na saída, generoso no caminho e aquele nascer do sol que vale acordar cedo.
