Certifcação SAFe Agilist (SA): minha experiência e como me preparei
- 1 de março de 2022
Carnaval bem aproveitado por aqui. Dias dedicados à família e, ainda assim, tempo para estudos no bloquinho do Scale Agile, fechando com mais uma certificação: SAFe Agilist (SA). Meu obrigado ao Renato Scaglia Pacheco Almeida pelos ensinamentos de SAFe e pelas trocas valiosas de experiência.

Quando decidi tirar a certificação, eu já via o SAFe como um “sistema” para grandes iniciativas, um jeito de conectar estratégia e execução sem perder cadência. O que mais fez diferença foi encarar o framework pelo que ele é de verdade: princípios Lean-Agile e pensamento sistêmico aplicados em escala. Em vez de decorar artefatos, tentei entender como o fluxo melhora quando a gente limita WIP, reduz tamanhos de lote e cria previsibilidade.
Tratei a preparação como um mini projeto. Defini uma data‑alvo, estudei um pouco por dia e usei a Big Picture de forma intencional, navegando por níveis: do time ao ART, das soluções maiores ao portfólio. Para fixar, criei mapas mentais com os princípios, fluxo, WSJF, portfólio e métricas. No fim, pratiquei questões, mas sempre voltando ao porque das respostas economia do fluxo, descentralização de decisões quando faz sentido, e foco no valor entregue agora, não em otimizações locais que pioram o todo.
Os temas que mais se repetiram foram os que sustentam a execução diária: princípios e valores do SAFe, cadência e sincronização nos ARTs, System Demo e Inspect & Adapt, Lean Portfolio Management com épicos, guardrails e priorização por WSJF, além do pipeline de entrega contínua com práticas de DevOps. No fundo, a prova cobra contexto menos “qual definição” e mais “o que você faria para melhorar o fluxo e reduzir risco neste cenário”.
Se eu tivesse duas ou três semanas para recomendar um caminho, começaria por princípios, Casa do Lean e uma visão geral da Big Picture, avançaria para PI Planning e eventos do ART, e fecharia com LPM e exercícios situacionais. Não precisa virar especialista em todas as camadas, entender as relações já é suficiente. Na hora do exame, siga uma linha de ideias simples: prefira alinhamento a heroísmos, mantenha ritmo estável, descentralize com critério e decida com base em dados. Resultados importam mais do que saídas bonitas em slides.
O material que mais me ajudou foi o conteúdo oficial do Leading SAFe, a própria Big Picture com seus artigos de referência e meus mapas mentais para revisão rápida. O resto é prática e conversa com quem vive isso no dia a dia.
Se esse for seu próximo passo, boa jornada. Se eu puder ajudar de algum jeito, me chama.